A historia do município de Jupiá teve inicio com seu Edmar Hack.
Edemar comprou aproximadamente cerca de 10 colônias de terras onde hoje é o município de Jupiá.
A aquisição aconteceu em função do seu Gulherme Hack pai de Edemar , ser sócio e possuir partes de terras da colonizadora saudades, que na época colonizava o município de São Lourenço e região. Na partilha destas terras, com o encerramento da sociedade seu Guilherme juntamente com seu filho Edmar ficaram com as partes pertencentes hoje ao município de Jupiá e criaram a Industrial colonizadora Hack e LTDA, juntos eles tinham como sonho e objetivo criar uma nova cidade, fizeram a planta, deram nome e criaram as ruas, homenageando os estados do pais.
Na época o trabalho para abrir estradas era feito pelo colonizador juntamente com os colonos que já estavam comprando terras na região.
Tinha-se muita dificuldade, eram feitas as picadas para posteriormente abrir as estradas. Não existiam pontes, os rios eram atravessados a cavalo e carroça.
A primeira ponte a ser construída foi a ponte do Rio Feliciano que ligava o município de São Lourenço ao município de Jupiá.
Os trabalhos para aberturas das estradas era feito da seguinte forma: Contratava-se grupo de trabalhadores para abrir as estradas, nas frente iam os que trabalhavam com o machado derrubando as arvores que não davam para desviar e atrás vinham com arado abrindo verga e tirando a terra do chão, em seguida outra equipe vinha com enxadões e apa para tirar o restante da terra e assim abrindo as estradas.
No inicio éramos poucos, viemos de vários lugares com determinação, garra e empenho, preparamos a terra, plantamos a semente e hoje colhemos os frutos.
Animados com a abundância das terras nossos pioneiros contam que os primeiros dias não foram fáceis.
Aqui eles encontraram terra boa e fértil. A mata era forte com muitos pinheiros e madeira de lei.
Em 1953 as primeiras famílias a chegarem instalaram-se no interior, família Nichetti, Accorsi e Mazetto.
Alguns pioneiros contam que chegaram a demorar cerca de 60 dias para trazer a mudança até o local a ser colonizado, a mesma era feita de caminhões até onde existia estrada, depois ela era trazida de cavalos.
Em janeiro de 1954 chegaram as famílias Spinello e Cividini .
Primeiro gerente a conduzir as vendas de terras pela colonizadora Hack foi seu Albino Amadori e o segundo gerente Lourenço Kunz.
Atualmente ainda existem terrenos pertencentes a colonizadora Hack.
Em algumas situações a venda era feita da seguinte forma, o colono que comprava mais de um terreno na cidade ganhava uma outra parte de terra mais retirada para fazer plantio, essa era uma forma da colonizadora despertar a atenção das pessoas para a compra das terras.
Algumas das necessidades básicas eram buscadas em São Lourenço e Pato Branco, lotava-se caminhões e as compras eram feitas de forma coletiva.
Conforme o crescimento da cidade começaram a instalarem-se novos comércios, alfaiataria, serraria, fabrica de refrigerante, sapataria, duas casas de comercio geral, olaria, fabrica de sabão, fabrica cera de sapato e de assoalho, moinhos de arroz e de farrinha de trigo e algumas áreas de lazer.
Algumas curiosidades
A Igreja foi construída algumas vezes no alto e não se encontrava agua, a mudança para local atual deu-se em virtude da abundância de agua.
A primeira missa foi rezada no mês de abril de 1955, mesmo antes da primeira igreja ser construída, pelo Frei Valério, vindo de São Domingos.
Em 13 de maio de 1960, em consenso com as pessoas da comunidade, foi colocada no altar da igreja, pelo senhor Albino Amadori a imagem de Nossa Senhora de Fatima, que passou a ser a padroeira do município, a imagem foi doada pelas famílias Amadori e Spinello.
A conservação dos alimentos era feito em latas com banha e em poços de agua, na época não existia energia elétrica.
A energia elétrica veio em 1968, era particular, as pessoas eram cotistas, e pagavam pelos postes e fios.
O telefone veio em 1973, era uma central com instalação grande e a manivela, os recados eram entregues por bilhetes.
Seu Augusto Spinello resolveu fazer um hospital em função da dificuldade e da distancia de ir ate a cidade de Mariópolis ou Pato Branco para ter atendimento medico, infelizmente depois de construindo também não foi possível encontrar agua e o hospital foi fechado.
Jupiá sempre manteve significativa representação politica, elegendo desde 1973 vereadores e vice-prefeitos.
Em 19 de julho de 1995, Jupiá foi emancipado politicamente, tendo o seu território desmembrado de Galvão. A Lei n° 9.890 de 19 de julho de 1995, criou oficialmente o município que teve sua instalação solene em 01/01/1997.
Nome JUPIÁ, Cairu explica sobre a escolha do nome para a cidade:
“O nome de Jupiá nasce da convivência com a historia dos guaranis na região, dos índios, que tudo isso naquela época era muito nítido, os caingangue estavam por ai e os antigos conheciam bem o significado da palavra JUPIÁ, é um nome curtinho, meu pai sempre dizia que escolheu um nome com cinco letras para marcar e caracterizar a colonização nova’’. (Cairu Hack)